quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Filosofando...

Tem momentos na vida da gente que não tem jeito: vc tem que escolher um caminho! Ou fica a vida toda se relacionando com manés, ou corta isso; ou fica a vida toda presa numa cadeira de trabalho que não te faz feliz, ou muda isso; ou muda sua forma de se relacionar com sua familia e mostra que cresceu, ou fica a vida toda presa nos laços familiares que te deixam na infância. Enfim, não tem jeito, o tempo todo temos que escolher e sempre podemos escolher.
Eu tô chegando nos 30. Longe de mim ficar deprê!engraçado que eu sempre tive uma intuição de que meus 30 anos seriam especiais. Não sei se especial é a palavra, talvez diferentes ou novos, não sei...mas, chegando perto deles, meu deus, quanta escolha estou tendo que fazer e quantas paredes tô tendo que quebrar.
E para quebrar estas paredes meu pobre corpo passa por tudo: de dor de barriga a surtos na rua, cada dia tá sendo uma aventura nesta fase que estou vivendo. Fase de tomar resoluções, chamá-las para mim e arregaçar as mangas. Eu tenho medo, tô quebrando padrões, e, piro em ver que mesmo que minha mente minta para mim e diga que estou caminhando normalmente, meu corpo não me mostra isso.
Começou a algumas semanas. Eu andando na rua, atrasada pro trabalho e um furgão me seguindo. Eu sou um pouco desesperada e juntando isso com a minha mente criativa e com a minha capacidade de reter informações inúteis, já me lembrei do email que alertava a nova modalidade de sequestros: o uso de furgões! Fiquei com medo, quando um cara das trevas tira a cabeça pra fora e grita com olhinhos cerrados: DELÍCIA!
Ah, quando eu vi eu tava com aquele dedo levantado chamando o cara de viado! Não pensei, simplesmente fiz.
Na mesma semana ameacei uma pobre criança que brincava de exorcismo na rua de mandá-la para a FEBEM, dar uma surra, e como ele insistia, chamei de gordinho ridiculo. Um show de preconceito, eu sei, algo horrendo eu sei, e os céus me mandaram o castigo por uma velha louca que, do nada, me deu uma jornalzada no meio das costas numa rua X da Barra Funda.
Fiz tudo sem pensar, meu corpo me mostrou quanta raiva tem guardada dentro de mim. Me sinto uma represa pronta para explodir e será muito boa a minha explosão: mas no lugar certo, para não por pessoas indefesas em perigo.
E no meio de tudo isso, resolvi mandar todos os meus bofes passearem no bueiro, dando o mapa da rota que cai lá no Complexo do Alemão. Um tá voltando pra Londres na próxima semana, mas ele faz me sentir sempre em segundo plano, motivo pelo qual dei um mega balão nele hoje. Éeeeee chupa essa manga inglês! e dane-se que tá indo embora. Não quero sair com alguém que me faz sentir assim, só porque ele está indo. Desculpas que inventamos para ficar na estrada já marcada.
Cansei de ser dominada pela minha mente também! Que muitas vezes fica me provocando, falando que não vai dar certo, me criticando ou qualquer coisa assim...ah mente vai passear, vai ver se tô na esquina!
Sabe, num momento boteco depois de 3 cervejas eu diria: no fim, a vida é um grande show do Paul McCartney - Nostálgica, emocionante, inesperada!
Eu fiquei cinco horas debaixo da chuva pra ver o Paul. Meu irmão já tava todo enrugado por causa da água. Por causa da chuva tudo parou e na hora de ir embora foi um Ó!
Mas vibramos, comemos churros e me esgoelei no Something...
E cheguei em casa, e passou, e outras chuvas virão...
Talvez este momento represa deva ser encarado assim, nessa analogia simples e porque não, babaca!
E chega de roupas e padrões velhos.
E viva os botecos!!!